sábado, 21 de setembro de 2013

Melhorias no processo de ativação dos furos para a metalização. (Swell-And-Etch)

Pessoal, estou atualmente testando uma solução totalmente química para a metalização dos furos da PCB. A novidade é que o catalizador não usa paládio e sim um outro metal mais em conta. Assim que eu terminar os testes e se os resultados forem positivos, postarei aqui todo o processo bem como a fórmula das soluções usadas.
No processo de metalização química, é necessário preparar a superfície dos furos tornando porosa e para isto atualmente estou usando um método fácil e eficiente chamado "swell-and-etch". Trata-se de amolecer a superfície do epoxi usando um solvente como a acetona e depois remover a parte amolecida usando uma solução forte de permaganato de potássio ou metanol.
O fato é que decidi pegar uma dessas placas que passou pelo processo "swell-and-etch" e ativei com a solução de hipofosfito de cobre. Para a minha surpresa a aderência ficou muito boa e a metalização perfeita!
Caso alguém queira fazer o teste, procure alguma solução a base de acetona na farmácia com concentração de pelo menos 50% e deixe a placa já furada em molho por 15 minutos com o recipiente fechado para que a acetona não evapore. E seguida, retire a placa e tire o excesso de acetona e mergulhe a placa em uma solução com 100ml de água e 1g de permanganato de potássio e deixe por mais 15 minutos. Retire e enxague com metanol ou água. Depois disso é só fazer o processo de ativação normalmente.
O permanganato de potássio pode ser encontrado em farmácias em cartelas com 10 comprimidos de 100mg cada, totalizando 1g por cartela. Mantenha este produto longe da glicerina, pois o permanganato de potássio reage com a glicerina produzindo fogo.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Como fazer placas de circuito impresso com furos metalizados e qualidade industrial, em casa - Parte 10 - Fotolito



Olá pessoal! Faz tempo que não posto nada por falta de tempo. Hoje consegui um tempinho para postar algo importante que é o fotolito. Muita gente usa impressora laser acreditando que terá a melhor qualidade. Hoje em dia dificilmente se usa imagesetter para se fazer fotolitos. Na maioria dos casos eles são feitos usando plotters jato de tinta. Peraê... se são feitos usando plotters jato de tinta, porque não usar uma impressora comum ? Foi pensando desta forma que cheguei a conclusão tanto na teoria quanto na prática que hoje as impressoras evoluíram tanto que já é possível fazer fotolitos com qualidade usando jato de tinta, com a tinta e o filme certo.

O grande problema da impressora laser é o calor do fusor. Quando o filme passa pelo fusor para fundir o toner no filme, o calor acaba deformando o filme gerando um transtorno para layouts complexos. Alguns casos onde o toner não tem boa opacidade e enegrecedor não funciona, uma saída seria sobrepor duas ou mais impressões de forma a reforçar o desenho para ter uma opacidade 100%, porém neste caso não é possível pois uma dificilmente fica igual a outra e você nunca conseguirá uma sobreposição perfeita.

Já as impressoras jato de tinta não esquentam o filme, portanto não o deformam. Antes de testar este processo procurei pesquisar sobre plotters, e qual o tipo de cabeça, tintas e filmes que usavam. A melhor tinta parece ser a tinta solvente, porém não conheço impressora que suporte solvente. Com algumas informações coletadas, testei várias tintas e vários filmes (transparências) pra impressoras e consegui ótimos resultados usando impressora epson com cabeça piezzo com tinta pigmentada e filme próprio para a impressão de fotolitos em plotters.

A maioria dos filmes para impressoras jato de tinta usam filmes para tinta corante (revestidos com gelatina) e não funcionam bem com tinta pigmentada pois com grande quantidade de tinta o layout craqueia (trinca). O ideal é usar filme com superfície microporosa própria para tinta pigmentada. Tem duas empresas que vendem este filme para plotter: (A Mares com o filme blue para plotters e a Romaf com o filme milky para plotters). A Romaf tem o melhor peço e o produto é muito bom. O problema é que os filmes para plotters vem em rolos de ~96cm de largura por 30m de comprimento e custam caro. EU peço para cortarem o rolo em 4 rolos de 24cm (ja cabe na impressora) x 30m de comprimento, que corto no tamanho conforme preciso.

Hoje uso uma impressora Epson K101 monocromática que utiliza dois cartuchos recarregáveis pretos, e tinta pigmentada sensient. Esta impressora tem uma resolução muito boa, e diferente das tintas corante, a tinta pigmentada não se espalha. Ela seca ao entrar em contado com o filme, formando uma película densa de tinta. Mas por não ter ajuste de quantidade de tinta, apenas em qualidade, em certos layouts eu ainda tenho que sobrepor uma impressão a outra, porém, fica 100% opaco mesmo contra o sol, e não existe problema em sobrepor as impressões pois o filme não é deformado ao imprimir, portanto as duas impressões batem perfeitamente.

Um teste que estou para fazer é comprar uma impressora epson a jato de tinta colorida que use tintas pigmentadas (durabrite) e comprar cartuchos recarregáveis carregando todos eles com tinta preta. Acho que isso deve resolver o problema de insuficiência de tinta e não precisarei sobrepor impressões, se bem que nunca testei se realmente é necessário sobrepor as impressões... faço por precaução.

Existem programas chamados "RIP" que são usados para se fazer fotolitos onde é possível controlar a quantidade de tinta e velocidade de impressão, porém infelizmente não existe para a K101. Se alquém quiser testar, procure por PowerRIP. Tem varios outros também.

Espero que essas experiências ajudem vocês, e aguardo postagens com os resultados.

Abraço!